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O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, Mustafa Abdul-Jalil, disse à TV Al Arabiya que ninguém sabe qual é o paradeiro de Kadafi. Segundo a emissora, ele também afirmou que não está havendo negociações entre os dirigentes rebeldes e o Tribunal Penal Internacional sobre a transferência de um dos filhos de Kadafi, Saif al-Islam Kadafi, para essa corte, em Haia, onde seria julgado por crimes de guerra -- negando assim informação anterior da Al Arabiya. Saif foi preso pelos insurgentes.
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"Os revolucionários estão posicionados em todos os lugares de Trípoli, mas as forças de Kadafi tentam resistir", disse um dirigente rebelde na cidade, identificado como Abdulrahman.
Segundo ele, "há tiroteios em todo lugar" e os tanques do governo estão em ação perto do porto e no centro, nos arredores do complexo governamental de Bab al Aziziya. "Os franco-atiradores são o principal problema," acrescentou. "Há um grande número de mártires (rebeldes mortos)."
O chanceler italiano, Franco Frattini, disse que "o tempo se esgotou" para o regime líbio, que segundo ele controlava agora apenas 10 a 15 por cento da capital.
Mas a TV estatal ainda parece estar nas mãos dos seguidores de Kadafi. "O moral das nossas tropas está elevado", disse um apresentador. No entanto, uma programação infantil substituiu a música marcial e as imagens de Kadafi que dominaram as transmissões nos últimos meses.
Na noite de sábado, células rebeldes na capital e insurgentes vindos de várias frentes fizeram uma ação coordenada que resultou nos maiores combates na capital em seis meses de guerra civil. Uma fonte do governo disse à Reuters que houve 376 mortes, em ambos os lados, e cerca de mil feridos. Não ficou claro como essas cifras foram apuradas.
Na noite de domingo, uma multidão de civis agitando bandeiras dos rebeldes se aglomerou na praça Verde, tradicional reduto do culto à personalidade de Kadafi. Alguns propunham rebatizar o local como praça dos Mártires.
Mas, na manhã desta segunda-feira, o porta-voz rebelde Nouri Echtiwi disse que tanques e caminhonetes equipadas com metralhadoras haviam saído do complexo governamental de Bab al Aziziya. "Eles disparavam aleatoriamente em todas as direções sempre que ouviam tiros", afirmou.
A guerra civil líbia é a mais violenta na onda de revoltas populares deste ano no Norte da África e Oriente Médio, a chamada "Primavera Árabe". Os EUA e outros governos ocidentais pediram a Kadafi que aceite a derrota e se disponha a colaborar com os rebeldes - embora o futuro da liderança líbia ainda seja muito obscuro.
(Reportagem de Missy Ryan e Ulf Laessing em Trípoli, Michael Georgy e Peter Graff no oeste da Libya, Robert Birsel em Benghazi)
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