A economia do Brasil é a maior da América Latina e a décima do mundo, (medida pelo seu PIB PPC) com um PIB da ordem de 797 biliões (milhares de milhões) de dólares 2005, ano em que o PIB cresceu 2,3%. Desde 1994, primeiro ano do Plano Real, o país não obtém taxas de crescimento superiores a 5 por cento. Medindo a economia do Brasil pelo PNB PPC, a economia brasileira é a 14ª maior do mundo, com um PNB de 644,133 biliões de dólares em 2005. Indústria aeronáuticaA economia do país é bastante diversificada e abrange diversos tipos de actividade económica e industrial: Agricultura e Agroindústria Indústria automotiva Divisão Geoeconómica Indústria electrónica Extracção Indústria de transformação Indústria têxtil Mineração Indústria petroquímica Turismo Serviços Sistema Financeiro Brasileiro História A economia brasileira viveu vários ciclos ao longo da História do Brasil. Em cada ciclo, um sector foi privilegiado em detrimento de outro e provocou sucessivas mudanças sociais, populacionais, políticas e culturais dentro da sociedade brasileira. Extracção O primeiro ciclo económico do Brasil foi a extracção do pau-brasil, madeira avermelhada utilizada na tinturaria de tecidos na Europa e abundante em grande parte do litoral brasileiro na época dos Descobrimentos (do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Norte). Os portugueses instalaram feitorias e sesmarias e contratavam o trabalho de índios para o corte e carregamento da madeira por meio de um sistema de trocas conhecido como escambo. Além do pau-brasil, outras actividades relacionadas com a extracção predominaram nessa época, como a colecta de drogas do sertão na Amazónia. Cana-de-açúcar O segundo ciclo económico brasileiro foi a plantação de cana-de-açúcar, utilizada na Europa para a produção de açúcar em substituição à beterraba. O processo era centrado em torno do engenho composto por uma moagem de tracção animal (bois, jumentos) ou humana. A cultura de cana adoptou o latifúndio como estrutura fundiária e a monocultura como método agrícola, introduzindo o modo de produção esclavagista, baseado na importação e escravização de africanos. Esta actividade gerou um sector paralelo chamado de tráfico negreiro. A pecuária extensiva ajudou a expandir a ocupação do Brasil pelos portugueses, levando o povoamento do litoral para o interior. Mineração Durante todo o século XVII, expedições chamadas entradas e bandeiras vasculharam o interior do território em busca de metais valiosos (ouro, prata, cobre) e pedras preciosas (diamantes, esmeraldas). Afinal, já no início do século XVIII (entre 1709 e 1720) estas tinham sido achadas no interior da Capitania de São Paulo (Planato Central e Montanhas Alterosas), nas áreas que depois foram desmembradas como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, dando início ao ciclo do ouro. Outra importante actividade impulsionada pela mineração foi o comércio interno entre as diferentes vilas e cidades da colónia. Agro-exportação O café foi o produto que impulsionou a economia brasileira desde o início do século XIX até à década de 1930. Concentrado a princípio no Vale do Paraíba (entre Rio de Janeiro e São Paulo) e depois nas zonas de terra roxa do interior de São Paulo e do Paraná, o grão foi o principal produto de exportação do país durante quase cem anos. Foi introduzida por Francisco de Melo Palheta ainda no século XVIII, a partir de sementes contrabandeadas da Guiana Francesa. Em meados do século XIX, foi descoberta que a seiva da seringueira, uma árvore nativa da Amazónia, servia para o fabrico de borracha, material que começava então a ser utilizado industrialmente na Europa e na América do Norte. Com isto, teve início o ciclo da borracha no Amazonas (então Província do Rio Negro) e na região que viria a ser o Acre brasileiro (então parte da Bolívia e do Peru). Industrialização O chamado desenvolvimentismo (ou nacional-desenvolvimentismo) foi a corrente económica que prevaleceu nos anos 1950, do segundo governo de Getúlio Vargas até o Regime Militar, com especial ênfase na gestão de Juscelino Kubitschek. Valendo-se de políticas económicas desenvolvimentistas desde a "Era Vargas", na década de 1930, o Brasil desenvolveu grande parte de sua infra-estrutura em pouco tempo e alcançou elevadas taxas de crescimento económico. Todavia, o governo manteve muitas vezes as suas contas em desequilíbrio, multiplicando a dívida externa e desencadeando uma grande onda inflacionária. O modelo de transporte adoptado foi o rodoviário, em detrimento de todos os demais (ferroviário, hidroviário, naval, aéreo). Desde a década de 1970, o novo produto que impulsionou a economia de exportação foi a soja, introduzida a partir de sementes trazidas da Ásia e dos Estados Unidos. O modelo implementado para a plantação de soja foi a monocultura extensiva e mecanizada, provocando desemprego no campo e lucros altos para um novo sector chamado de "agronegócio". O crescimento da cultura da soja deu-se às custas da "expansão da fronteira agrícola" na direcção da Amazónia, o que por sua vez provocou a destruição das matas em larga escala. A crise da agricultura familiar e o desalojamento em massa de lavradores e o surgimento dos movimentos de sem-terra (MST, MTL, Via Campesina). Entre 1969 e 1973, o Brasil viveu o chamado "Milagre Económico", quando um crescimento acelerado da indústria gerou empregos não-qualificados e ampliou a concentração de renda. Em paralelo, na política, o regime militar endureceu e a repressão à oposição (tanto institucional quanto revolucionária/subversiva) viveu o seu auge. A industrialização, no entanto, continuou concentrada no eixo Rio-São Paulo e atraiu para esta região uma imigração em massa das regiões mais pobres do país, principalmente o Sertão Nordestino. Recessão e recuperação Da Crise do Petróleo até ao início dos anos ‘90, o Brasil viveu um período prolongado de instabilidade monetária e de recessão, com altíssimos índices de inflação (hiperinflação) combinados com arrocho salarial, crescimento da dívida externa e crescimento pífio. Já na década de 80, o governo brasileiro tinha desenvolvido vários planos económicos que visavam o controle da inflação, sem nenhum sucesso. O resultado foi o não pagamento de dívidas a credores internacionais, o que resultou em graves problemas económicos que perdurariam por anos. Não foi por acaso que os anos 80, na economia brasileira, ganharam o apelido de "década perdida". No governo de Itamar Franco o cenário começa a mudar. Com um plano que ganhou o nome de Plano Real a economia começa a recuperar, pelas mãos do então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que seria eleito presidente nas eleições seguintes por causa disso. Lula reconheceu o mérito da estratégia e manteve as suas linhas gerais, adaptando apenas alguns conceitos ao raciocínio esquerdista moderado do Partido dos Trabalhadores. Comércio exterior Os maiores parceiros do Brasil no comércio exterior são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o Mercosul e a República Popular da China. O primeiro produto que moveu a economia do Brasil foi o açúcar, durante o período de colónia, seguindo pelo ouro na região de Minas Gerais. Já independente, um novo ciclo econômico surgiu, agora com o café. Esse momento foi fundamental para o desenvolvimento do Estado de São Paulo, que acabou por se tornar o mais rico do país. Actualmente o país está entre os 20 maiores exportadores do mundo, com 137,6 biliões (em 2006) vendidos entre produtos e serviços a outros países. Mas com um crescimento vegetativo de dois dígitos ao ano desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em poucos anos a expectativa é que o Brasil esteja entre as principais plataformas de exportação do mundo. O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adoptada pelo Brasil prioriza a aliança entre países sub-desenvolvidos para negociar com os países ricos. Sectores No Brasil, o sector primário (agricultura, exploração mineral e vegetal) ainda é muito importante, mas observa-se um lento crescimento proporcional do sector secundário (indústria) em relação aos demais. Cabe observar, no entanto, que a desvalorização da moeda nacional, ocorrida em 1999, estimulou bastante as exportações e, consequentemente, o sector agrícola.
Mercado financeiro Na base do sistema financeiro está o Conselho Monetário Nacional, que é controlado pelo governo federal. O mais importante agente é o Banco Central do Brasil, que define a taxa de juros e pode influenciar o câmbio por ações de open market. Economia por região Centro-Oeste: baseia-se principalmente na agroindústria. Nordeste: baseia-se mormente em indústrias, petróleo e agronegócio. Políticas de incentivos fiscais levaram várias indústrias para a região. O turismo é bastante forte. Norte: baseia-se principalmente em extracção vegetal e mineral. Merece destaque também a Zona Franca de Manaus. Sudeste: possui um parque industrial diversificado e sofisticado assim como tem o comércio e os serviços bem desenvolvidos. Sul: a maior parte das riquezas provém do sector de serviços, mas possui também a indústria e a agropecuária bem desenvolvidas. Parceiros comerciais Os principais importadores de mercadorias produzidas no Brasil são: EUA, Argentina, China, Holanda, Alemanha, México, Chile, Japão, Itália e Rússia. Os maiores exportadores de produtos para o Brasil são: EUA, Argentina, Alemanha, China, Japão, Argélia, França, Nigéria, Coreia do Sul e Itália. Evolução do PIB brasileiro nos últimos anos
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sábado, 20 de agosto de 2011
Economia do Brasil
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