Whatsapp passa a usar mensagens com serviço de criptografia; entenda como funciona
O aviso deixou alguns usuários em dúvida sobre o que deveria ser feito e o que seria a criptografia
Nesta semana, o WhatsApp
começou a notificar usuários do aplicativo de que já está utilizando a chamada
criptografia de ponta-a-ponta. “As mensagens que você enviar para esta conversa
e chamadas agora são protegidas com criptografia de ponta-a-ponta”, dizia a
mensagem. O aviso deixou alguns usuários em dúvida sobre o que deveria ser
feito e o que seria a criptografia.
Na realidade, a criptografia
de ponta-a-ponta nada mais é do que um recurso de segurança utilizado pelos
administradores do aplicativo. De acordo com comunicado na página oficial do
WhatsApp, o sistema visa criptografar (cifrar a mensagem para deixá-la
impossível de ser lida quando armazenada) nas duas “pontas” (pessoas que estão
conversando) da mensagem. Os desenvolvedores também apontam que é preciso ter a
versão mais recente do aplicativo para que a a criptografia de ponta-a-ponta
seja ativada.
De certa forma, o impedimento
de que funcionários do WhatsApp tenham acesso à mensagem também protege a
empresa. No início de março, o vice-presidente do Facebook (empresa que é
dona do WhatsApp) no Brasil foi preso por não ter repassado informações de
mensagens que circularam no aplicativo. Com o modelo de chave criptográfica,
nem mesmo o WhatsApp teria acesso a essas mensagens.
Nos Estados Unidos, há
uma polêmica entre a Apple e o FBI. A polícia pede que a empresa divulgue
dados de mensagens em uma investigação sobre terrorismo. Porém, a Apple (que
usa a criptografia de ponta-a-ponta) afirma que seria preciso criar uma “chave
mestra” para desbloquear as mensagens e que isso acarretaria no fim da
privacidade de usuários. Até o momento, o FBI não conseguiu as informações que
desejava.
EBC
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